domingo, 7 de outubro de 2012

Cor na varanda!




E não é que gosto mesmo deste vermelho paixão?!  :)
Desta feita foi o banco da varanda...






...que ficou a combinar com uma flor que está lá ao fundo...

domingo, 30 de setembro de 2012

Louro & Laurus


Laurus nobilis!

O louro é o símbolo da poesia, das letras e do sucesso. 
Na Grécia e Roma antigas, as coroas de louros eram símbolo de sucesso e serviam para premiar os atletas vencedores das provas olímpicas ou os vencedores de batalhas, muito embora em Atenas estas fossem substituídas por ramos de oliveira entrelaçadas por serem o símbolo da cidade. 


Estátua esculpida por Bermini, como representação do mito de Apolo e Dafne.


Do mito que envolve Apolo (o Deus Sol), e a ninfa Dafne no qual ela se transformou em loureiro para escapar às perseguições amorosas do deus, resultou a fama deste arbusto e subsequente uso para coroar ou laurear desportistas, heróis e até poetas. 

A planta representava a vitória e isto era comum a ambas as culturas, grega e romana. Entre os romanos era até comum, quando um comandante ganhava uma batalha, enviar para o Senado (assembleia de notáveis) um pergaminho envolto em folhas de louro a informar a ocorrência. 

O louro não é apenas para uso de deuses ou prémio de vencedores, ele tem também imensas propriedades terapêuticas e ao alcance de todos. 


Imagem da wikipédia


Convém certificar-se que se usa a espécie correcta, bem como, devo advertir que qualquer dica aqui escrita não passa disso mesmo e não substitui o conselho médico!!

Pode usar-se em forma de creme, óleo essencial ou então em chá.
Em caso de reumatismos, friccionar a zona dorida com um pouco de pomada ou óleo ou então usar umas gotas no banho para aliviar as dores.
Também se podem fazer cataplasmas com as folhas, para aliviar a rigidez do pescoço, lombalgia, entorse do tornozelo e outras dores das articulações ou musculares. 
O chá usa-se para controlar menstruações, tanto em excesso como em falta e muito útil também quando na pré-menopausa o fluxo se torna irregular.
Tomar a infusão também em caso de má digestão. Para azia, mau hálito ou indisposição (estômago), fazer a infusão com 2 ou 3 folhas e juntar sumo de limão e açúcar.

Como em tudo, ter em atenção que excessos nunca são saudáveis. Em caso de gravidez é preciso cuidado com o uso excessivo porque pode ser abortivo. Pode ser prejudicial quando se tem o estômago sensível.


Pessoalmente, não dispenso o louro da culinária!!


Na foto, a minha planta que me dá um jeitão para temperar (quase) todos os pratos!
De um sabor intenso característico, é óptimo para temperar pratos de feijão, carnes e peixe.
Ideal em pratos que exigem um cozimento lento porque o seu óleo essencial liberta-se lentamente.

ps. os antigos diziam que se devia tirar o veio do meio da folha e que é tóxico. Sendo verdade ou não, eu tenho por hábito fazer isso  ;)


Que todos possam dormir sobre os louros,
é o meu desejo para esta noite de domingo!!


sábado, 29 de setembro de 2012

No reino animal!




E não é que hoje apanhei um casalinho a namorar no meu araceiro?!
Nada mais, nada menos que um casal de gafanhotos em plena actividade sexual. Ai os marotos!... :)

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

O meu pé de Araçá!



Este ano o araceiro do nosso quintal presenteou-nos com uma boa dose de frutos, para regalo do meu paladar e do marido. Que maravilha! Estes foram apanhados hoje. Frescos, sem pesticidas ou outras substâncias nocivas à saúde, saborosos e nutritivos têm-me proporcionado pequenos momentos de prazer. 

O araçá é um fruto tropical (mas que se está a dar muito bem no clima ribatejano), com sabor e textura parecidos com a goiaba, ligeiramente mais ácido e aroma mais acentuado e também de menores dimensões. Rico em sais minerais e vitaminas, sobretudo a C. Desconheço as suas propriedades medicinais mas sendo uma fonte de cálcio e ferro, o seu consumo é benéfico na prevenção da osteoporose e anemia.  

Doce de araçá ainda não fez parte das minhas experiências na cozinha, mas já está na lista. Descobri aqui Nacozinha, que também se pode usar para fazer iogurte. Parece que, a pectina contida no fruto, juntamente com o açúcar vai gelificar o leite e dar-lhe a consistência de iogurte. 

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Pintar em Ponto Cruz




"Quem me compra um jardim com flores?
Borboletas de muitas cores,
lavadeiras e passarinhos,
ovos verdes e azuis nos ninhos?

Quem me compra este caracol?
Quem me compra um raio de sol?
Um lagarto entre o muro e a hera,
uma estátua da Primavera?

Quem me compra este formigueiro?
E este sapo, que é jardineiro?
E a cigarra e a sua canção?
E o grilinho dentro do chão?

(Este é o meu leilão.)"

Cecília Meireles




Bordar com amor umas pinceladas de cor, é obra de uma tia orgulhosa do rebento que aí vem...
Para o meu sobrinho Bernardo!! 

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Cem Anos de Solidão




"...Descobri, ao acordar, que tinha maduro no coração o romance de amor que havia ansiado escrever há tantos anos."

Palavras de Gabriel García Márquez, sobre o seu livro intitulado "Cem Anos De Solidão", Prémio Nobel De Literatura.

Escritor Colombiano, nascido em 1927 e considerado o pai do realismo mágico latino-americano, a fusão entre a realidade e a fantasia.

Cem Anos de Solidão, conta a história de uma família, ao longo de várias gerações, os Buendía! 
Trata-se de uma fabulosa aventura que começa com a fundação de um lugar, uma aldeia, que ao longo dos anos e das gerações se foi construindo e reconstruindo, conforme a vontade e ambição do homem e os caprichos da natureza. Lugar que poderia ser qualquer um por esse mundo fora, com as suas gentes e suas histórias. Recheada de fantasias, tragédias, incestos, descobertas e condenações é uma belíssima obra da literatura universal. 



Quando terminei de ler só me ocorria:  "Uau, quem me dera saber escrever assim!!"  :)


Esta é uma obra que me deu a sensação de ser escrita em círculos...Onde o tempo não é linear mas sim cíclico. Onde os começos se repetem. Todo o fim volta ao inicio, como se a mesma história fosse contada vezes sem conta...

ah! ...e como se tudo estivesse pré-escrito no livro do destino! Lá se foi a teoria da arbitrariedade! 


Uma boa noite e boas leituras,  





sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Mar que é Nuvem...




"Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é.
Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem porque ama, nem o que é amar... "

(Alberto Caeiro)


...Em um fim de tarde à beira mar...
...Onde o mar se disfarça de nuvem...

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Tie-dye




A tarde de ontem foi passada na cozinha entre panelas, tecidos e tintas. A filhota, princesa mais nova, teve a ideia de  tingir este vestido e lá deitamos mãos à obra. Das nossas aventuras nasceu esta obra de arte. Há pois é! O tingimento em "tie dye" dá verdadeiras obras artísticas!!
Técnica muito usada nos anos 60 pelo movimento hippie e que consiste em amarrar e tingir os tecidos ou peças de vestuário de forma artesanal. O resultado é um desenho irregular, mas de surpreendente beleza. Para nós foi mesmo uma grande surpresa, porque quando começámos a enrolar o tecido, a atar cordéis e a pôr a cozer na panela com tinta, não sabíamos o que iria sair dali.
A minha Helena de Tróia ganhou um vestido novo   e peça única e ainda sobraram uns panos (não sei se, com pintura abstracta ou simples borradas), daquela t-shirt ali em cima que acabará transformada em almofada.  Tarde a repetir...  ;)   

terça-feira, 31 de julho de 2012

Genealogia


Mais um dia passado no arquivo distrital. 
Cansaço. Pernas inchadas.Cérebro esgotado. Os olhos a não poderem mais com aquelas letras de dois séculos...
Registos novos: zero!!
Se vou desistir? Não. Obviamente que não!!

Torre do Tombo espera-me! ;)

domingo, 29 de julho de 2012

"Procuro-te"



Saindo um pouco dos autores portugueses, li Lesley Pearse, romancista do Reino Unido. 
Desengane-se quem pensar que, só porque ficou ali exposto tempo sem fim na coluna ao lado, demorei uma eternidade a lê-lo!.. Nada disso. Não o li, devorei-o!! De um dia para o outro foram-se as 400 páginas.

É daqueles que nem pensava ler, até ao momento em que me passou pelas mãos, dei uma vista de olhos pelas primeiras páginas...e...o resto já estão a imaginar! ;)

Fiquei fã desta escritora, uma contadora de histórias talentosa, que consegue prender o leitor nos seus enredos do principio ao fim. 

"Procuro-te" é uma história passada em duas épocas diferentes e que faz referencia ainda a uma terceira...
Trata-se de uma jovem que vai em busca da sua origem, de resgatar o passado da sua família. O que encontra é surpreendente...e quase lhe custa a própria vida.

Para trás no tempo ficaram duas irmãs, unidas pelas semelhanças físicas e pelas circunstâncias da vida...E aquilo que as unia foi também o que as separou...

E mais não conto. Se quiserem saber mais, leiam-no!! ;)


Este dedico à minha irmã, companheira de aventuras infanto-juvenis e de tantas horas de conversa em adultas. Não somos a cara chapada uma da outra e nem temos a mesma personalidade, mas ou é do sangue que nos corre nas veias, ou foi das histórias que partilhamos juntas...o certo é que é das pessoas que mais "sinto", mesmo apesar da distância que nos separa. Às vezes é como se houvesse um canal telepático entre nós... Já ficámos doentes ao mesmo tempo com a mesma doença e a muitos quilómetros uma da outra... Tendência a ter as mesma ideias de presentes a oferecer, isso nem se fala...

Nota: aquele "sinto" que fique claro nada tem a ver com gostar. Não tenho uma medida para quantificar os sentimentos pelos vários e diferentes membros da família. Trata-se de um "sinto" que vai para além dos sentimentos. É algo que vem da alma, ou de um sexto sentido...





quinta-feira, 26 de julho de 2012

Cortina de trapilhos!


Era uma vez...
                
 ...Não terminou em "foram felizes para sempre", 
mas resultou nesta bonita e original cortina que agora se encontra a tapar e decorar a entrada do hall do piso superior da casa.

Com um pouco de imaginação não é difícil criar peças "novas" a partir de outras que não se usem e que muitas vezes até têm como destino o lixo!




Material usado:

- T-shirts usadas q.b.
- Uma vara ( ou pau)
- Algumas contas grandes em madeira, 
  nas cores azul e madeira natural.


Para o varão, aproveitei um ramo que tinha sido cortado ao diospireiro no ano anterior e com o meu hábito de guardar tudo, ainda ali andava...
Quanto às t-shirts, devem ter sido pelo menos umas sete ou oito ( a dada altura perdi-lhes a conta)...Coitado do marido que ia ficando sem tshirts brancas.  eheheh
Podemos sempre aproveitar aquelas mais velhotas, ou até mesmo as de oferta e com publicidades que não queremos usar e ficam ali num canto...  ;)


Passo-a-passo:

Rasgam-se tiras com cerca de quatro ou cinco centímetros de largura (rasgar mesmo, para elas irem enrolando)...
À medida que se vão prendendo à volta do varão, vamos atando umas às outras para dar o comprimento desejado.
Não tirei foto ao nó, mas usei nó de marinheiro...


Vão-se enfiando nas tiras, umas contas (bolas) aqui e ali, ao gosto...

Por fim, aparam-se as pontas... ( fi-lo com o varão já colocado na parede)




Vista do outro lado, a partir das escadas...

Quem adorou, foram as residentes de quatro patas...Volta e meia dou com elas a testarem a elasticidade do tecido. :)

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Era uma vez...


Era uma vez um monte de t-shirts brancas...

...que virou trapilhos!


O que sairá daqui?

Curiosos? Vejam a próxima publicação!!  ;)




quarta-feira, 18 de julho de 2012

Cantinho colorido!


Pinceladas de cor no sótão!
Adoro cor e por este andar a minha casa acabará por parecer um arco-íris!
Quatro cadeiras que acabaram nas minhas mãos...
(Obrigada a quem se desfez delas. Obrigada, marido por as trazeres.)

Fiquei apaixonada por estas antigas (e bem velhotas) peças de madeira maciça! :)




Pelo seu estado, foram necessários vários procedimentos de tratamento.
Primeiro, além da árdua tarefa com a lixa para retirar as camadas de verniz, foi preciso recorrer ao insecticida para caruncho porque infelizmente algumas delas já tinham sido atacadas pelo bicho. 
Depois, e como quase todas tinham pedaços lascados, dentadas de algum canino e uma ainda, marcas de fogo, usei massa tapa fendas para alisar os defeitos maiores. O resto deixei ficar, o que dá até um toque rústico.



Seguiu-se uma sub-capa com um primário universal, para uniformizar e servir de base para as cores finais...



                                        

                             
Inicialmente comprei apenas duas cores, Turquesa (que eu acho linda) e um Vermelho Paixão (que a principio me deixou hesitante, mas à qual por fim fiquei rendida!).

Trata-se de um esmalte para madeiras de interior, sem cheiro, com uma secagem muito rápida (em menos de meia hora está seca ao tacto ...e desculpem-me os senhores do acordo ortográfico). Basta uma demão. E mais importante ainda, tem a etiqueta ecológica... (Uso limitado de substâncias perigosas e baixo teor de solventes). A limpeza dos materiais utilizados faz-se com água.

Descartei a opção de pintar duas de cada cor, pelo que se me colocava um novo desafio! Que cores usar nas restantes?
Porque sou adepta do "reaproveitar e poupar", deitei mão ao resto da cor turquesa, um verde azulado de que gosto imenso, juntei-lhe branco (do primário) e deu uma tonalidade mais clara.
A última...bem, esta foi mesmo o maior desafio. Usei um resto de tinta para parede que tinha servido para pintar umas riscas no meu estaminé "Baiuca da Maga", um roxo ao qual juntei um pouco de branco para aclarar e uma pitada do vermelho paixão para "abrir" a cor e deu este violeta bem bonito.
Eu sei que não é a tinta mais apropriada para madeira e que a durabilidade é menor, mas como estão numa área menos usada e o toque até é muito semelhante à tinta de madeira usada nas outras, serviu perfeitamente. Nem se nota a diferença.

Por fim, lixei ligeiramente com palha d'aço ( é mais suave que a lixa). A superfície ficou muito mais lisa e com um tom ligeiramente baço. A intenção não é retirar tinta, mas sim, fazer como se puxasse o lustro, mas a técnica é a mesma que se usa para o envelhecimento.

E agora, para regalo dos meus olhos ( e de quem aqui habita), tenho uma mesa bem mais composta e com pouco custo!! ;)


sexta-feira, 13 de julho de 2012

O caldeirão mágico!


Da incursão pela feira da ladra, resultou o encontro com esta preciosidade. Pelo menos para mim é uma peça preciosa! Faz parte das minhas lembranças de infância e adolescência. Cresci a ouvir histórias de encantar enquanto ela, aquela que não sendo do meu sangue fez o papel de avó, de amiga, de conselheira, punha o feijão a cozer ou a sopa em panelas destas ao lume na chaminé da cozinha que havia separada da casa de habitação... É alguém que já não se encontra entre nós há muitos anos (30 mais precisamente). Ficaram as recordações e um carinho especial. Mal sabia ela que estava a contribuir para a pessoa que sou hoje... à sua memória dedico este "post"!!




Como se pode ver nas imagens, esta panela de ferro estava em muito mau estado, com imensa ferrugem e muito gasta em alguns sítios. Pelo seu aspecto, deve ser muito antiga, uma verdadeira relíquia, que se foi deteriorando com o tempo e o abandono.  

Munida de uma escova de aço, deitei mãos à obra e umas horas depois aparecia uma bonita cor ferrosa e no chão um monte de ferrugem. Agora imaginem-me a mim! Parecia o pai natal depois de uma noite de natal a descer pelas chaminés (só me faltava o barrete e camisola vermelha, porque as calças já tinha)...



No final, passei um pano besuntado em azeite por toda a peça e o resultado é surpreendente!

Se podia comprar uma nova e evitar toda esta trabalheira? Podia, mas não era a mesma coisa!

Esta tem uma energia especial. A energia transmitida pelos alimentos a serem cozinhados e pelas mãos que a manusearam. É um caldeirão com história. Quantas refeições terá cozinhado?! Quantas bocas terá  alimentado?!

Agora ficará simplesmente a decorar, mas ocupa um lugar especial na casa!





quinta-feira, 12 de julho de 2012

Por entre bugigangas e velharias!


Uma ida a Lisboa.
Uma passagem pela feira da ladra.
Os livros a captarem a minha atenção... 
Muitos objectos usados... Ali encontra-se de tudo e mais alguma coisa.
Entre muita tralha sem interesse, encontrei algo que desejava ter há muito tempo :)
...Será tema para uma próxima publicação!! ;)

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Os Retornados : um amor nunca se esquece



"Foram milhares os portugueses que entre 1974 e 1975 fizeram a maior ponte área de que há memória em Portugal. Em Angola, a luta pelo poder entre os movimentos independentistas espalhou o terror e a morte por um país outrora considerado a jóia do império português. Naquela espiral de violência, não havia outra solução senão abandonar tudo. Emprego, casa, terras, fábricas, amigos de sempre. Partir e recomeçar uma nova vida em Portugal que os recebia com desconfiança e um carimbo de «retornados»."

Os Retornados: Um Amor Nunca se Esquece, é um livro de ficção escrito por Júlio Magalhães, jornalista e um dos rostos mais conhecidos da TVI.


Trata-se de "uma história de amor que tem como cenário os conturbados momentos finais de uma África portuguesa. O autor leva-nos numa viagem de emoções até à sua terra natal, onde viveu os melhores anos da sua vida".




Pessoalmente, vivi esta fase pós-revolução e retorno dos portugueses em África, na pessoa do meu tio Joaquim!


Lembro-me, ainda criança, de ter os meus dois tios de nome Joaquim um em Angola e outro em Moçambique e o tio Arlindo também  por terras Africanas, todos eles ao serviço do exército português.

Foi num dia de calor e quase em ambiente de festa que rumamos destino a Lisboa, distribuídos pelo carro dos meus pais e por um carro de praça (taxi), não esquecendo o "farnel" para um fausto pic-nic em família, para festejar o regresso do tio Joaquim,  um dos irmãos mais novos do meu pai. 

Agarrada à rede, do lado exterior do aeroporto militar, por entre dezenas de pessoas ansiosas por abraçar os seus entes queridos, estava eu, uma miúda de 9 anos, a viver aquele que seria um dos momentos mais marcantes da minha infância. 






quarta-feira, 23 de maio de 2012

Bolachas de Garfo






Simples e rápidas de confeccionar, as bolachas de garfo caem bem em qualquer ocasião, principalmente na mesa do lanche acompanhadas por um chá. 



Uma vez que os ingredientes são todos misturados ao mesmo tempo, é uma boa ideia oferecer os ingredientes num frasco (neste caso apenas excluí a margarina), a alguém que goste de novas receitas para cozinhar.



Deixo aqui a receita:
125g de açúcar
125g de margarina
250g de farinha
1 ovo

(sugestão: colocar canela e amêndoa laminada a gosto)

Derreter a margarina e misturar bem todos os ingredientes. Formar pequenas bolas e enrolá-las em açúcar. Pisar com um garfo, colocar num tabuleiro polvilhado com farinha e levar ao forno previamente aquecido, por cerca de 15 minutos, a 200º.


Bon appetit! 

quarta-feira, 2 de maio de 2012

"Um sorriso para a eternidade"



Livro escrito por António Garcia Barreto e publicado pela Oficina do Livro,
onde não faltam as tramas e enredos que nos prendem até à última palavra.

"Um sorriso para a Eternidade, é a história de um homem em busca da felicidade, 
que tem a coragem de não deixar morrer uma memória"

Ao procurar conhecer aquele que se esconde por trás de um belo e enigmático sorriso, e cujo sangue lhe corre nas veias, vê-se a braços com uma série de aventuras e desventuras.
Isto, ao mesmo tempo que questiona toda a sua própria existência!!

"Não é possível construir o futuro sobre um passado que se desconhece"


Como eu o entendo!!
Foi pelo meu gosto pelas pesquisas e idas ao passado na tentativa de saber quem foram os meus antepassados, que    numa ida à biblioteca municipal, acabei a trazer este livro comigo para casa. Valeu a pena a leitura!!


Dirão alguns que é coisa de quem não tem mais nada que fazer!
Ou que é perda de tempo, ou talvez, que o passado é para se deixar lá atrás, onde é o lugar dele! Que seja!!
Eu já perdi (ou ganhei), muito do meu tempo metida no arquivo distrital, a folhear livros e mais livros, alguns tão velhinhos que até fico com receio que se desintegrem de vez! Quantas letras, algumas quase ilegíveis, mas que eu absorvo extasiada. Quantos nomes engraçados que me aparecem pela frente! Não resisto e demoro ainda mais tempo, à custa desses mesmos nomes que alguém algum dia se lembrou de chamar aos filhos... 

Cada vez que "descubro" mais um registo de um antepassado a quem devo o meu ADN, sinto que já ganhei o dia!

Não é empreitada fácil, uma vez que o registo de nascimento era feito pelo padre, no momento do baptismo, e limitava-se a escrever o primeiro nome da criança. Agora imaginem numa terra onde todas as meninas fossem Marias!! Valha-nos os nomes dos pais! Pelo menos esses, o padre escrevia completos.

Questiono-me eu, em que momento da vida um individuo adquiria os restantes nomes e apelidos. Seria oralmente? Os pais? Eles próprios? Em adultos? Curiosamente, nas certidões de casamento ou de nascimento dos filhos, os próprios nomes aparecem completos.

Este, é trabalho de uma vida! Construir a árvore genealógica... 
Pelo menos para mim, que ora me meto nisso com afinco e perco umas belas manhãs ( e às vezes o dia todo)..ora estou meses e até anos parada. 

A pesquisa é feita da frente para trás, começamos pelos que nos são mais próximos, até o mais longe no tempo que nos seja possível.

Infelizmente já tive o caso de uma trisavó, sobre a qual eu tenho uma enorme curiosidade e precisamente os registos da década em que terá nascido, desapareceram. Confesso que fiquei muito frustrada! Uma outra que surge 3 anos antes da data provável e com nome da mãe que não é o suposto...Só o nome do pai coincide! Não me dei por vencida, hei-de chegar lá...

Quando têm até a hora de nascimento é uma alegria! (Claro que eu tenho consciência, que numa época em que poucos sabiam ler e escrever, os relógios nem todos os tinham e muitas vezes as mulheres davam à luz sozinhas, crer que todas as horas estão correctas é ser irrealista). 

Como astróloga, poder abrir o mapa astral e "conhecer" aquela pessoa...É uma satisfação sem limites! Além da árvore genealógica em si, tenho procurado padrões, ou a hereditariedade astrológica.

Agora estou presa ao factor "deslocação".. Évora, Portalegre, Coimbra, Viseu, são os próximos destinos...
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segunda-feira, 2 de abril de 2012

O que se leva desta vida?


"O que se leva desta vida são pequenas estórias escritas com o humor e a sensibilidade a que Alice Vieira sempre nos habituou"

Alice Vieira é uma importante escritora portuguesa, muito conhecida pela literatura para crianças e jovens e na sua bibliografia conta já uma vasta lista de obras publicadas.

" O Que se Leva desta Vida" é um livro agradável de se ler, de escrita fluída, com uma vertente muito humana e que me acompanhou em algumas saídas de casa, para ocupar os tempos de ócio...
Identifiquei-me com algumas passagens, sorri com outras...
Gostei!!


"O que se leva desta vida
é o que se come, o que se bebe
e o que se brinca, ai, ai"


O que eu levo desta vida...

...momentos, muitos momentos, uns alegres, outros nem por isso, mas todos importantes. Lições de vida. Experiências. Sonhos. Olhares. Pequenos nadas, mas que enchem e preenchem todo o meu ser...Palavras. Palavras ditas, palavras escritas, palavras ditas com o olhar. Emoções. E, sobretudo, muito amor!!

terça-feira, 13 de março de 2012

"Adoro roupa nova"


Depois de um serão a transformar as calças de há 15 anos...

...  lá foi ela toda satisfeita e a dizer:

- Adoro roupa nova!

Esta frase deixou-me um sorriso até agora  :)

Após uma década de grande consumismo e numa época em que se fala tanto que as  gerações mais novas estão mal habituadas, porque cresceram viciados em compras... Ver uma miúda de 17 anos, que adora roupas e andar bem vestida, contentar-se com tão pouco, deixa-me a pensar que afinal os nossos jovens, homens e mulheres de amanhã, ainda podem fazer muito pela humanidade!

É tudo uma questão de mudar mentalidades!!  ;)

segunda-feira, 12 de março de 2012

Serão de agulhas e linhas!

Mais uma vez andei de volta das agulhas, linhas e peças de roupa de outros tempos.
Isto de reciclar e reaproveitar é coisa contagiosa, garanto-vos!
Já não bastava a filha mais velha sempre que cá vem a casa, andar a mexer e remexer nas tralhas que guardo. Agora é a irmã a fazer o mesmo. A lista de espera das peças para arranjo engrossa cada vez mais (já parece as listas de espera nos hospitais rsrs...). Hoje chegou a casa depois das aulas, decidida a esquartejar uma das suas vitimas...De tesoura em punho, e com tal rapidez e energia, que eu nem tempo tive de reagir, cortou as pernas às minhas calças de cor camel, que usei quando ela não tinha mais de um ou dois anos de idade.
E ainda me deu um ultimato! Queria vesti-las amanhã de manhã!! (ok, ok, foi mais um "queria tanto, mas tanto, vesti-los amanhã...pode ser? e com um olhar daqueles a que mãe nenhuma resiste  :)  )
E lá passei o serão de volta da costura!
Tarefa cumprida. Calças que passaram a calções, prontinhos e à espera de desfilarem rumo à escola da senhorita, que nem peça de alta costura em passerelle.

sábado, 10 de março de 2012

Maria das Cores e Zé Gadelhudo





Depois de fazer um fantoche que a minha sobrinha aprovou...decidi fazer a Maria das Cores para ela e também o Zé Gadelhudo para o meu primo, ambos com um ano de idade.



Parece-me que no próximo almoço em família não vai faltar diversão para os mais pequenos!



quinta-feira, 8 de março de 2012

Ser Mulher!

 
"O beijo" - Climt

estás tão bonita hoje. quando digo que nasceram 
flores novas na terra do jardim, quero dizer
que estás bonita.

entro na casa, entro no quarto, abro o armário,
abro uma gaveta, abro uma caixa onde está o teu fio
de ouro.

entre os dedos, seguro o teu fino fio de ouro,como
se tocasse a pele do teu pescoço.

há o céu, a casa, o quarto, e tu estás dentro de mim.

estás tão bonita hoje.

os teus cabelos, a testa, os olhos, o nariz, os lábios.

estás dentro de algo que está dentro de todas as 
coisas, a minha voz nomeia-te para descrever
a beleza.

os teus cabelos, a testa, os olhos, o nariz,os lábios.

de encontro ao silêncio, dentro do mundo,
estás tão bonita é aquilo que quero dizer. 

José Luís Peixoto, in "A casa, a escuridão"


Mulher poesia, mulher natureza, que tem a força de um furacão e a serenidade de uma suave brisa primaveril.
Eterno feminino, fonte de vida e energia criadora!

Para todas nós mulheres, PARABÉNS!!

segunda-feira, 5 de março de 2012

Sofá Criativo



Para quem vive num 4º andar...nas mudanças iniciais, levar para cima o frigorífico e a máquina de lavar roupa foi, sem dúvida, o mais custoso, mas foi necessário.


No entanto, há coisas que se podem tornar mais leves.




Uma vez que eu adoro simplicidade, criatividade, reutilizar (e poupar!), decidi criar um sofá. Para isso utilizei duas paletes de madeira, que pintei de branco, um colchão que não era utilizado e uma manta. Sem dúvida algo mais fácil de transportar!

E voilà! Aqui fica uma sugestão, que pelo menos na minha sala,acho que ficou perfeito!

quinta-feira, 1 de março de 2012

Pastas de arquivo com nova cara!



Quem disse que escritório tem de ser o local mais aborrecido da casa?

Ao longo dos anos vamos acumulando tantas papeladas, documentos e afins (se forem como eu, lá se vão enchendo gavetas e mais gavetas)... Por maior que seja a vontade de os mandar todos para a reciclagem, o bom senso manda-me guardá-los por tempo determinado...
 
Isto tudo para dizer que a minha última "obra de arte" é esta que está ali em cima na foto!

O que antes era assim:
 

 Com uns rolos de papel autocolante, que não precisam de ser caros!!
E alguma imaginação...

Aqui estão eles prontos a acomodarem a minha papelada, organizada por assuntos, e dispostos  em lugar de destaque na secretária alta no canto destinado ao escritório...


Digam lá se não ficaram amorosos?!

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Almas Antigas!


Tal como havia prometido a mim mesma, aqui estou eu a escrever um pequeno texto sobre o livro que terminei de ler!

"A leitura de um bom livro é um diálogo incessante: o livro fala e a alma responde" ( André Maurois)

E este fala-nos directamente à alma!!
Tom Shroder, um jornalista céptico mas curioso em relação ao renascimento das almas, ou reencarnação, escreveu este livro para narrar o incansável trabalho de campo que ele próprio presenciou ao acompanhar o psiquiatra e pesquisador Dr. Ian Stevenson pela Índia, Líbano e Estados Unidos.

Na busca de evidências científicas da reencarnação, foram até aos locais mais recônditos, por vezes até hostis, para entrevistarem inúmeros casos de crianças  que diziam ser outras pessoas que não elas próprias.

Diz-se que as crianças trazem memórias de outras vidas que com o tempo se vão perdendo!
Também se diz que muitas "habilidades" nossas vieram de outras encarnações... Que muitas crianças já trazem um jeito inato para certas coisas, e até mesmo os pequenos génios estão apenas a relembrar o que aprenderam quando viveram outras vidas...

Será que o meu jeito e interesse para as linhas e agulhas veio de outra encarnação? :)
Conta a minha mãe que um dia, tinha eu dois anos, foi encontrar-me muito concentrada a remendar a minha meia. Devo ter encontrado uma agulha já com a linha metida e então lá fiz um bonito "carrapicho" com linha preta na minha imaculada meia branca. :)

Com 7 ou 8 anos fazia as roupas para as minhas bonecas, com todos os pormenores. Cedo comecei a fazer as minhas roupas... Isto sem esquecer a minha fixação ( em criança)  pelas máquinas de costura... (desconfio que daqui vai sair matéria para outro "post"!! ) ;)

Será que fui costureira ou modista noutra vida?  :)

E as sensações de déjà vu ?
Quantas vezes passamos por um local pela 1ª vez e parece-nos que já ali tínhamos estado antes?!
Pessoas que não conhecíamos e parecem-nos tão familiares?!
Pequenas coisas que vemos, frases que ouvimos, ou então sensações que não conseguimos identificar mas que parecem vindas da alma?!...
 
Almas antigas...

Ser ou não ser eis a questão! ...célebre frase de Shakespeare


Eu acredito que alguma coisa tem de ser!!

E o leitor?



terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Amar é viver!!


"Quando o amor enche o coração, não deixa nele lugar para mais nada. Nem para o ódio, 
nem para o rancor, nem para o orgulho"


Feliz dia de S. Valentim!